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Zueirama! Confira nossa análise do game mais zoeiro do ano

16 Bits da Depressão

09/08/2019 09h30

Lá vou eu escrever um tipo de conteúdo que raramente faço porque simplesmente deixei de consumir: análise de jogos.

No auge da era 16 bits, as análises de revistas especializadas em games eram sedutores convites à economia do dinheiro do lanche e do troco do pão com a finalidade de alugar fitas na sexta-feira. A leitura daqueles reviews poderia evitar a frustrante experiência que é abdicar de guloseimas para acabar com um jogo desinteressante por todo final de semana.

Quanta falta me fez ter disponível um review do jogo "Sword of Sodan", de Mega Drive. Seria o tipo de frustração que eu adoraria poder ter substituído por um divertido final de semana com "Alisia Dragoon", subestimado jogo que conheci tardiamente, já na era dos emuladores, cujo review também passou despercebido pelas revistas que li naquele tempo.

Em se tratando de outro jogo que tem repercutido bem menos do que merece, me sinto no dever de trazer uma análise, mesmo que breve, desta obra que promete reunir tudo que compõe a essência do que faço: humor e retrogames.

Desenvolvido pela Memes Games (Clayton Lima, Francisco Pinho e Wagner Pinho), "Zueirama" nos faz assumir o controle de Zoinho, um preguiçoso motoboy cujo principal passatempo é "trollar".

Em uma humorada jornada heroica contra o temido Sargento Sádipo, Zoinho precisa resgatar sua namorada enquanto enfrenta coxinhas, mortadelas e outros monstrinhos rabugentos baseados na cultura da internet. A sátira política do game vem recheada com diversos personagens reconhecíveis e diálogos que irão fazer você procurar pelas referências.

E não são somente pequenas referências, o jogo está repleto de "easter eggs" e colecionáveis que convidam a exploração de cada canto do jogo em busca de algo inusitado. São inúmeros detalhes exigindo atenção e até mesmo o auxílio de amigos antenados na internet para decifrá-los. Acho até difícil que alguém consiga captar todos eles em uma única jogatina. Eu mesmo notei várias referências passando despercebidas e só tive o conhecimento graças aos seguidores atentos em nossa live.

O jogo também não poupa pixels no quesito jogabilidade, variando entre o clássico jogo de plataforma para o também clássico "shooting", contendo diversos mini-games inusitados espalhados pelas 23 telas em 16 fases.

O fator desafio é presente no jogo através da modalidade de jogo "raiz", que pode ser alterada para um modo "nutella", funcionando como uma espécie de "easy mode". De ambas as formas, os 7 chefões do jogo exigem um pouco de prática e persistência para serem derrotados. Exatamente como se espera de um jogo feito em homenagem à cultura retrô.

Consigo despontuar apenas algumas pequenas coisas durante minha jogatina. Imagino que a experiência seria bem mais desafiadora se os itens e upgrades fossem mais caros, uma vez que adquire-se muitas moedas ao matar inimigos nas primeiras fases. Também notei alguns pequenos "bugs" na penúltima fase e durante a batalha final contra o boss.

Vale ressaltar que os desenvolvedores do game estavam ligados em nossa live e nos informaram que esses bugs seriam corrigidos muito em breve. Inclusive, aproveito o espaço para agradecê-los por terem gentilmente cedido a key do jogo para este review aqui no Start.

Sem mais delongas para a conclusão: pode economizar o dinheiro do lanche porque estes serão os quinze reais e noventa e nove centavos mais bem empregados do ano. Basta correr aqui na Steam e aproveitar o desconto de 20% por tempo limitado.

Além de adquirir um jogo extremamente divertido, você estará incentivando um produto de qualidade, 100% brasileiro, desenvolvido por uma pequena equipe de jovens talentosos e amantes da zoeira.

Sobre o Blog

Diversão, alegria e jogos eletrônicos! Ou decepção, sofrimento e um pouco mais de jogos eletrônicos? O 16 Bits da Depressão vai abordar os assuntos que estão em alta no universo gamer, sempre com muito bom humor e poucos pixels.