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Terror retrô: 13 jogos sinistros para uma Sexta-Feira 13

16 Bits da Depressão

13/09/2019 10h16

O bom de datas especiais como a de hoje é que elas servem de pretexto para que a gente consuma algum entretenimento específico. É claro que nenhum de nós precisa de pretexto pra jogar videogame, mas convenhamos que determinadas ocasiões acabam propiciando o clima ideal para tal.

Quem nunca se empolgou com a programação especial que determinados canais de televisão preparavam para estas datas? Eu, por exemplo, corria para a locadora na esperança de encontrar o cartucho de Splatterhouse disponível para poder curtir alternadamente com a maratona de cine Trash na TV.

Cito Splatterhouse porque ele era um dos poucos do gênero de terror que conheci antes da chegada da quinta geração de consoles e, em seguida, a popularização da internet. Através dela passei a conhecer diversos outros games assustadores que tive a oportunidade de jogar e que listo com muito prazer por aqui.

Focaremos em jogos da era pré-Resident Evil, uma vez que o gênero de horror de sobrevivência se popularizou imensamente a partir daí, ganhando tantos títulos memoráveis que seria um sacrilégio tentar listar os principais sem deixar algum memorável jogo de fora.

1 – Sweet Home

Pegando o gancho em Resident Evil, vamos abrir a lista com este jogo que é considerado o pai da franquia e grande precursor do gênero.


Em 1989, a Capcom dava seus primeiros passos na tentativa de causar calafrios nos jogadores de Nintendinho. Pois é, para quem está acostumado com a Nintendo "Family Friendly" de hoje em dia, pode até ser um espanto saber que a empresa teve um papel fundamental no desenvolvimento do terror psicológico em jogos eletrônicos.

2 – Laser Ghost

Lançado no mesmo ano de "Sweet Home", "Laser Ghost" foi a tentativa da SEGA em aproveitar o universo de horror em seus jogos de entretenimento. Por se tratar de um jogo de estilo "shooter", seu fator assustador é praticamente nulo, mesmo contando com uma grande diversidade de criaturas grotescas como inimigas.


Em sua versão de Master System, o jogo ganha um aspecto totalmente diferente e ainda conta com a adição de uma protagonista indefesa que precisa ser protegida pelos disparos do jogador.

3 – Clock Tower

Aqui temos outra protagonista, completamente indefesa, que faz sua participação em uma das principais franquias de horror de todos os tempos.


"Clock Tower" explora o gênero "thriller", incumbindo o jogador de escapar de um psicopata utilizando o cérebro como principal arma. Como foi lançado originalmente para Super Nintendo, aí vemos outro bom exemplo de que a "Big N" prezava por seu conteúdo adulto e sequer cogitava censurar cenas explícitas de violência.

4 – Nosferatu

Caso o exemplo anterior não tenha sido suficiente, aqui temos mais um game brutal e ousado que a Nintendo trouxe para o SNES.

E não digo brutal apenas em conteúdo: "Nosferatu" é o tipo de jogo que pune o jogador com uma dificuldade acima do habitual, merecendo até entrar para a lista dos jogos mais difíceis da era 16 bits.

5 – Splatterhouse

A concorrência não ficou de fora da onda dos jogos de terror. O port do Arcade para Mega Drive de "Splatterhouse" teve tanto sucesso que as sequências, "Splatterhouse 2" e 3, foram lançadas com exclusividade no console da SEGA.

Deliberadamente ou não, a semelhança de seu protagonista com o icônico personagem Jason Voorhees, do filme Sexta-Feira 13, foi crucial para a popularização do game. Tanto que até hoje é comum ver pessoas confundindo Rick com Jason.

6 – Friday the 13th

Aqui não há confusão, já que a LJN obteve licenciamento do filme Sexta-Feira 13 para desenvolver um jogo para a (adivinhe só) Nintendo.

Aos ávidos consumidores de jogos antigos é notório que a LJN carrega a má reputação de ter desenvolvido diversos jogos de péssima qualidade, baseados em filmes de sucesso como tentativa desesperada de alavancar as vendas de seus produtos. Para mim, aqui eles rompem esse paradigma ao entregar uma experiência bem dinâmica e divertida para o jogador.

7 – Halloween

Falando em filmes de terror, outra obra que ganhou uma versão de vídeo game foi "Halloween". Curiosamente, o título do jogo foi erroneamente traduzido para "Sexta-Feira 13" quando foi lançado para o Atari 2600 aqui no Brasil por volta de 1983. Uma gafe e tanto né? Mas só atire a primeira pedra aquele que nunca confundiu Jason com Michael Myers.

Gosto de citar este game como um dos mais antigos a envelhecer tão bem. Ainda hoje é possível se divertir jogando por algumas horas pelo ímpeto de melhorar sua própria pontuação, ou apenas pelo sádico impulso de ver uma decepada ambulante.

8 – The Texas Chainsaw Massacre

Ainda em se tratando de jogos baseados em filmes de terror para o Atari, vale citar que "O Massacre da Serra Elétrica" teve sua passagem pelos games trazendo uma experiência bem inusitada para o jogador: nele você controla o vilão.

Isso mesmo. Como o próprio manual do jogo cita, seu objetivo é eliminar cada turista que você encontrar invadindo sua propriedade antes que o combustível de sua motosserra se esgote.

9 – I Have No Mouth and I Must Scream

Este aqui não veio de nenhum filme, e sim de um conto considerado um clássico da ficção científica pós-apocalíptica.

Alguns minutos de jogatina são mais que suficientes para saber o porquê de um jogo baseado em um conto de ficção científica estar nesta lista. O jogo ficou absolutamente sombrio e perturbador,  aproveitando-se da mecânica simples de jogos point and click para dar foco em sua narrativa e efeitos audiovisuais impactantes.

10 – Dark Seed

Outro point and click que usufrui do recurso narrativo para explorar o terror psicológico é "Dark Seed". Jogo visualmente impressionante que conta com a arte do artista H. R. Giger, mundialmente conhecido pelo seu trabalho de design no filme Alien, O Oitavo Passageiro.

O jogo é um prato cheio para qualquer aficionado por artes sombrias. Sério, ele é tão deslumbrante que eu diria que se trata de um presente de Giger para nós, jogadores de videogame.

11 – Alone in The Dark

Em 1992, enquanto desenvolvedores tentavam explorar o máximo dos pixels nos consoles, a Infogrames já estava um passo a frente ao utilizar polígonos na construção do que seria o primeiro jogo de horror em 3D.

Privilegiados foram os que puderam ter um PC da época para jogá-lo. Isso porque "Alone in The Dark" só foi dar as caras em consoles dois anos mais tarde no caríssimo 3DO.

12 – Phantasmagoria

Agora que já abordamos jogos 2D e 3D, desenhados em pixels e modelados em polígonos, também vale citar este game que foi produzido de forma bem distinta de tudo que vimos até aqui. "Phantasmagoria" foi um dos primeiros jogos a utilizar imagens de atrizes e atores reais para captação de diversos recortes de vídeo que compõem o jogo.

Ao todo foram necessários 7 CD-ROMs para levar esta aventura gráfica aos computadores, configurando como um dos jogos pioneiros no gênero de drama interativo. Alguém ainda tem esses CDs por aí?

13 – Kenseiden

Prevendo a inquietação dos fãs de Master System, não poderia deixar de citar "Kenseiden", ainda mais como grande entusiasta da temática samurai.


Muito além da minha vaidade e do fan-service aos mastermaníacos, este é um título que merece estar aqui por toda sua atmosfera sombria. Representando muito bem a importância do J-Horror no cenário de horror fictício.

XX BÔNUS TRACK XX

Como bônus da lista, fiquem com esta animação que fizemos reunindo um pouco do universo de terror com uma música da banda Misfits, especialmente para a data de hoje.

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Estas foram as recomendações do dia. Agora é a vez de vocês separarem os games, ajeitarem o quarto para mantê-lo bem escuro e iniciar sua maratona de jogos horripilantes.
Também não deixe de compartilhar conosco sua experiência e sinta-se a vontade para complementar nossa lista com outras recomendações.

Sobre o Blog

Diversão, alegria e jogos eletrônicos! Ou decepção, sofrimento e um pouco mais de jogos eletrônicos? O 16 Bits da Depressão vai abordar os assuntos que estão em alta no universo gamer, sempre com muito bom humor e poucos pixels.