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20 anos depois: como estão os skatistas de Tony Hawk's Pro Skater 2?

16 Bits da Depressão

15/01/2020 04h00

Estamos no ano do vigésimo aniversário de Tony Hawk's Pro Skater 2, a sequência do game de PlayStation que conseguiu atrair ainda mais atenção para o esporte e para as bandas que compõem sua trilha musical. Quem aí não passou horas assistindo e reassistindo os clips que eram desbloqueados ao longo da jogatina? Sempre cheio de músicas que faziam valer a pena o looping.

E, ao contrário de outros jogos que víamos por aí, Pro Skater trazia pessoas reais como personagens do jogo. Foram selecionados diversos profissionais de diferentes categorias da prática de Skate, e cada um recebeu atributos específicos, possibilidades de personalização e um final "cinemático" com cenas reais de suas melhores manobras.

Como em toda obra memorável de décadas atrás, é inevitável a curiosidade em saber como estão as pessoas envolvidas hoje em dia. Vamos conferir se, mesmo depois de vinte anos, algum deles ainda mantém o hábito de andar de skate?

Tony Hawk

Começando pelo protagonista que dá título ao jogo. Tony Hawk mantém diversos patrocínios de marcas até hoje, mesmo tendo se aposentado oficialmente nos X Games de 2003. Ele se dedica à família e trabalhos de filantropia com a Tony Hawk Foundation, instituição dedicada a construir pistas de skate públicas em localidades próximas a famílias de baixa renda.

E ele também está arrecadando dinheiro para ajudar no combate aos incêndios na Austrália:

Bob Burnquist

Bob é a nossa representação brasileira no game. Ele ainda continua realizando manobras de alto risco no auge dos seus 43 anos. Até poucos meses atrás, era presidente da Confederação Brasileira de Skate, quando decidiu renunciar para seguir em prol de outros projetos e, é claro, continuar andando de Skate. Abaixo podemos conferir sua despedida do cargo.

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Em primeiro lugar, sou grato ao skate pelas alegrias, amigos e a vida que ele me proporcionou. Quem me conhece, sabe o quanto quero retribuir o que o skate fez por mim e por minha familia. Desde que assumi a CBSK em 2017, tenho me dedicado diariamente para colocar o skate em destaque, e criar uma estrutura de alto nível aos skatistas brasileiros. É muito gratificante ver o resultado até aqui e aprendi a lição de que quando um vence, todos vencem. A CBSK é uma entidade importante para a organização e crescimento do skate. É primordial continuarmos todos unidos nesse propósito e somos responsáveis pelo progresso do skate, seja com manobras novas, pistas ou dentro do escritório planejando o nosso futuro. Como presidente da CBSK, tive que entender sobre gestão esportiva, isso tomou o meu tempo e acabei andando menos de skate. Morro de saudades de andar de skate e continuo com o desejo de aprender manobras novas. Esse sempre foi o meu combustível. Chegou o momento de eu seguir em frente em prol de alguns projetos, e principalmente andar de skate. Sendo assim, anuncio a minha saída da presidência da CBSK. É uma decisão pensada, discutida e serena, principalmente pela equipe que montamos e que continuará. Tenho certeza que com essa equipe à frente, o skate brasileiro seguirá crescendo. Agradeço aos diretores que aceitaram trabalhar somente pelo amor ao skate, ou seja, sem receber salários. Pessoas raríssimas como Ed Scander, Osmar Lattuca, Tatiana Lobo, Roberto Maçaneiro e aos amigos Jorge Kuge, que apoia os meus sonhos desde criança e finalmente a Sandro Dias, que se uniu à causa de corpo e alma. Deixo um agradecimento especial para o Eduardo Musa, que também concordou em não receber salário e aceitou o cargo de vice presidente em um momento sensível. Tem o meu respeito por seu profissionalismo, competência e estratégia. Ele segue no comando e manterá os nossos ideais. Fecho agradecendo aos skatistas que se uniram e peço que continuem dedicando a mesma energia para esse grupo que está à frente da CBSK. Sigo fortalecendo e apoiando a CBSK, firme com a minha responsabilidade e à disposição do skate Brasileiro. Sucesso a todos!

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Steve Caballero

Embora não tenha os melhores atributos no jogo, certamente Steve é o mais carismático, e continua esbanjando simpatia até hoje com seus 55 anos. Ele é o veterano do grupo e, ainda assim, continua andando de Skate e dedicando parte do seu tempo a hobbies como motocross, pintura e coleções de brinquedos e quadrinhos.

Kareem Campbell

Kareem Campbell continua sendo uma grande referência no street skate de periferia, e segue tocando os negócios da sua marca própria, a City Stars Skateboarding. Ele também foi precursor de diversos outros negócios da indústria, incluindo produtos como tênis, camisetas e peças de skate. Em seu Instagram, Campbell promete que 2020 será um ano mais dedicado a si e sua condição física e emocional.

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Switch Hardtimes in Australia… #citystarsskateboards

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Rune Glifberg

O "destruidor dinamarquês" se manteve bem ativo, gabaritando as participações no X Games de 1995 a 2015. Hoje continua andando de skate e mantendo patrocínio de marcas, além de se dedicar a atividades de arquitetura e design de pistas de skate.

Eric Koston

Eric Koston segue um pouco de cada atividade descrita anteriormente. Embora não seja mais ativo competitivamente, ainda mantém patrocínios de marcas e participações em empreitadas da indústria. Em 2016 lançou um tênis da Nike sob design próprio e fez uma série de ações para o McDonalds.

Bucky Lasek

Algo um pouco mais inusitado acabou acontecendo com Bucky Lasek de lá pra cá. Além de se manter como skatista profissional, em 2012 começou a competir em corridas de Rallycross pelo time norte-americano da Subaru. Sua última competição profissional no volante foi em 2016, e de skate foi em 2019, quando conquistou o 15º lugar na modalidade vertical do X Games em Minneapolis.

Rodney Mullen

Agora estamos falando do Chuck Norris do Skate. O cara que é simplesmente creditado pela invenção de diversas manobras do street skate, incluindo o "ollie". Além de continuar andando sobre as quatro rodinhas como hobby, Rodney Mullen dá palestras sobre inovação. Recentemente, passou a integrar uma equipe do MIT dedicada a pesquisas voltadas a arquitetura e urbanismo.

Chad Muska

Chad Muska segue conciliando a prática de andar de skate com seus trabalhos como artista plástico, músico e (como não poderia faltar) designer de uma linha de tênis sob nome próprio. Entre suas atividades artísticas, eventualmente presenteia seus seguidores das redes sociais com mensagens motivacionais de autoria própria.

Andrew Reynolds

Andrew Reynolds também não parou de andar de skate e continua exibindo grande vigor e versatilidade, tanto na rua quanto nas rampas. Ele segue com alguns patrocínios e toca os negócios como CEO da consagrada marca de skates BAKER.

Geoff Rowley

Aqui temos outro exemplo de skatista profissional que se tornou um empresário de sucesso, inclusive chegando a ser um dos cabeças da marca mundialmente famosa FLIP por alguns anos. Rowley também ostenta um design próprio de tênis da VANS, de quem tem patrocínio desde 2013.

Elissa Steamer

Elissa Steamer é considerada a primeira mulher a se tornar skatista profissional, tendo sido a principal influência para várias garotas começarem a praticar o esporte pelo mundo. Embora tenha competido profissionalmente nos X Games de 2003 até 2013, ela ainda hoje prestigia competições femininas com participação honrosa. Recentemente, declarou que os royalties dos jogos da série Tony Hawk renderam mais grana do que prêmios de competições e patrocínios durante o período em que foi profissionalmente ativa.

Jamie Thomas

Jamie Thomas encerra nossa lista gabaritando um cenário em que todos os participantes continuam andando de skate, seja por hobbie ou para justificar seus patrocínios. E como não poderia deixar de ser, ele também tem calçados com design próprio.

Spider Man

E pra quem não sabia, o nosso amiguinho da vizinhança também fez uma participação especial como personagem desbloqueável de Tony Hawk's Pro Skater 2. Infelizmente, como não tenho costume de assistir filmes de super heróis, não sei o que o Tobey Maguire tem feito. Da última vez em que o vi, ele estava se juntando à Carreta Furacão.

Sobre o Blog

Diversão, alegria e jogos eletrônicos! Ou decepção, sofrimento e um pouco mais de jogos eletrônicos? O 16 Bits da Depressão vai abordar os assuntos que estão em alta no universo gamer, sempre com muito bom humor e poucos pixels.