"Num me dirige a palavra": você conhece o meme do "Sonic antissocial"?
Muitos de vocês, usuários das mídias sociais, já devem ter topado com este "meme" do Sonic pistola antissocial. Como a maioria desconhece sua origem, iremos esclarecê-la e aproveitar a oportunidade para desbravar esta tendência estética e comunicacional.
Vamos começar pelo início? A origem da circulação desta imagem (pasmem) é justamente a 16 Bits da Depressão. Sobre seu contexto, o meme surge na seção de comentários de determinada postagem como um complemento de diálogo entre Sonic e Mario.
Como podemos ver, uma pequena inserção complementar acabou desencadeando uma série de reproduções, feitas das mais variadas formas, sob diversos veículos.
Entre as formas como é reproduzida, talvez a mais difundida atualmente seja como figurinha no aplicativo whatsapp.
Só que não para por aí. Também a vemos circulando em produtos comercializados, cartazes de utilidade pública e até mesmo como tatuagem!
A própria frase acabou virando bordão comunitário no Twitter, sendo utilizada em massa após sua publicação original em 2017.
Desde então, notamos o surgimento de uma estética peculiarmente semelhante e análogo ao "shitpost". Que, para quem ainda não conhece, trata-se de uma categoria de conteúdo deliberadamente desprovido de sentido, em baixa qualidade, muitas vezes apresentando desconexão entre um pequeno texto de caráter mundano e a imagem, quase como uma ode ao ridículo ou ao aleatório.
A descrição pode até parecer desdenhosa, o que seria um equívoco já que boa parte deste material se apresenta auto depreciativamente e ainda carrega um público engajado por entretenimento barato, comigo incluso. Como notório seguidor, destaco os perfis das páginas Personagens de games dando conselhos importantes sobre a vida , Macintosh 1984 e Bad Vibe Memes , que constantemente apresentam figuras bem semelhantes ao nosso Sonic esbravejador.
As peculiaridades destes materiais e as dimensões da comunidade envolvida fazem ponderar sobre uma tendência comunicacional da cibercultura, derivada dos memes, que vai além de um nicho cultural e mercadológico. Um fenômeno espontâneo, transbordado em uma enxurrada de informações carregadas pelas espetaculizações midiáticas, demonstrando um sentimento de fadiga contra o culto e o belo, e que é abraçado por uma contracultura cibernética – perfeitamente sintetizado pelo "mano, não me dirige a palavra não. Faz favor.".
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