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Sete jogos de terror que são um terror

16 Bits da Depressão

30/10/2020 08h00

Assim como uma sexta-feira 13 não passaria em branco por aqui, um Dia das Bruxas também não poderia ser esquecido. É a ocasião perfeita para atender uma das solicitações que mais recebo: recomendar bons joguinhos retrô.

Todavia, 2020, meus amigos e amigas, é um ano diferenciado: a bruxa esteve solta desde fevereiro e, aparentemente, irá fazer hora extra pós-Halloween. Por isso, vamos falar de jogos ruins, horrorosos, que caem como uma luva nesta data. Seja para você, que tem um gosto peculiar ou, quem sabe, um certo grau de masoquismo.

Nightmare Circus (Mega Drive)

Lançado para Mega Drive em 1996, chegando ao Brasil pela TecToy, Nightmare Circus conta a história de um circo construído no deserto do Arizona que foi queimado pelo vilão Jester no dia de sua inauguração. Após ser condenado à morte pelo crime, Jester lança uma maldição, transformando as almas das vítimas do incêndio em espíritos atormentadores.

O jogador controla Raven, um nativo pele-vermelha que perdeu parentes no tal incêndio e resolveu investigar o local. É aí que o circo de horrores começa.

O jogo fica completamente aquém de outros jogos lançados ao fim da vida útil do Mega Drive: cenários pobres, animações terríveis, efeitos sonoros estridentes e um sistema de colisão que irá frustrar até o jogador mais paciente.

Estranhamente, o jogo tem seu charme. Há uma atmosfera tenebrosa que, embora combine conceitos mal executados individualmente, proporciona uma experiência angustiante o suficiente para querer descobrir o que se espreita na próxima tela.

Ghoul School (NES)

Ghoul School, lançado para o NES em 1992, pode até criar uma certa controvérsia por aparecer em uma lista de jogos ruins. Afinal, estamos falando de um jogo 8-bits não-linear, com elementos de metroidvania, temática de horror clássico com cultura adolescente, bem ao estilo de obras de Stephen King. Com tanta ousadia é difícil de imaginar que o produto final seja ruim… mas é.

Considerando jogos que foram lançados próximos do fim da vida útil do Nintendinho, temos bons games como Faxanadu, The Battle of Olympus, Goonies II e até mesmo Simon's Quest. Todos eles poderiam ter servido de referência para os veteranos desenvolvedores da Imagineering Inc, mas não foi o caso.

Ghoul School traz um level design pobre, confuso e repetitivo. Tem monótonos combates, objetivos nada intuitivos e um enorme passeio por corredores de possibilidades desperdiçadas no que poderia ter sido um excelente jogo.

Pra não terminar de forma tão razinza, dá pra destacar algo bem interessante no jogo: macacos de boné. Macacos de boné são sempre legais.

Great Toilet Simulator (PC)

Imagine a situação: o seu carro quebrou durante a noite, em uma estrada deserta, no meio da floresta. Para piorar as coisas, você precisa desesperadamente ir ao banheiro fazer o número 2. Tudo bem, o mato tá aí pra essas coisas, né? Agora imagine que, no mato, há uma criatura, ou alguma coisa macabra, te caçando. Essa é a trágica, e até mesmo hilária, premissa de Great Toilet Simulator.

O jogo é, evidentemente, uma paródia do batido modelo de horror de sobrevivência em primeira pessoa, acompanhado de alguns hilários jump scares aqui e ali envolvendo os encontros com a criatura e as flatulências do protagonista.

Você toma um susto uma vez, ri, talvez se assuste novamente, talvez ria novamente, e acabou. O pavor e o riso dão lugar à monotonia em poucos minutos.

Siren Head (PC, Mobile)

Um desses batidos jogos de horror de sobrevivência em primeira pessoa é Siren Head. No jogo, você simplesmente irá caminhar por uma floresta com uma atmosfera assustadora, uma trilha incidental digna de filmes de terror e, claro, com uma criatura bizarra vagando nos arredores.

A desgraça não está na criatura em si, mas sim no som que ela produz: um estourado soar de sirene que, além de te assustar, é um terrível atentado contra sua saúde auricular.

Desaconselhado por 9 em cada 10 otorrinolaringologistas, Siren Head é o jogo ideal pra te fazer arrepender de ter gasto um rim em um headset de qualidade.

Ocolast

Ok, vamos misturar um pouco de tudo que acompanhamos semanalmente aqui no blog: jogo de qualidade duvidosa, trocadilhos ruins e memes. O resultado é Ocolast, um game que muito provavelmente nunca passou pela Classificação Indicativa do Ministério da Justiça.

Fazendo alusão ao famoso jogo de terror Outlast e também ao termo "oco", Ocolast pega emprestado diversas referências de memes oriundos das aventuras de Paulo Guina e Jaílson Mendes (O Pai de Família), proporcionando outro desses jogos que giram em torno de jump scare. Mas calma, esse jogo vai muito além.

Prepare-se para ouvir eventuais inserções sonoras de um clássico da pornochanchada moderna, deparar-se com referências a frases e cenas do filme e, o pior, dar de cara com um desnudo sujeito mais aterrorizante que qualquer Resident Evil ou Silent Hill da vida. Nemesis? Scissorman? Pyramid Head? Slender Man? Tudo fichinha. Não queira topar com Paulo Guina em Ocolast.

Vitas: Castle of Horror

Falando de memes, você certamente deve se lembrar do Vitas, aquele cantor russo em trajes retrofuturistas que faz caras e bocas.

Pois bem, o cara ganhou um jogo em que ele próprio é o grande antagonista da coisa toda. E quanto ao horror? Bom, o horror ocorre precisamente quando o jogador se depara com o cantor correndo em sua direção, prestes a soltar o grito mais agudo que a audição humana é capaz de escutar.

Veja o lado positivo, pelo menos não é a MC Melody.

The Crow: City of Angels

(Reprodução/YouTube/Syamrom)

De volta ao retrô, encerrando a lista com o mais fétido chorume digital, temos a chegada aos games da segunda adaptação cinematográfica dos quadrinhos de "O Corvo". Isso: um jogo baseado em um filme baseado em quadrinhos. E antes que me digam que "O Corvo" não é uma obra de horror, e sim uma obra de super-heróis, confira o que o nosso Lord das Trevas (vulgo Makson Lima) pensa sobre a obra aqui.

Lançado para manchar as incríveis bibliotecas do Playstation e do Sega Saturn em 1997, o jogo é um beat'em up tridimensional rolando em cenários bidimensionais pré-renderizados. Toda trama que poderia ter sido extraída do gótico e intrigante mundo criado por James O'Barr é deixada de lado em longos seguimentos de pancadarias.

É difícil escolher o pior entre seu sistema de colisão nos combates, o posicionamento das câmeras, a trilha musical repleta de curtas batidas em loop e animações desastrosas. Um jogo simplesmente horroroso, e que recomendo também!

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Se você curtiu essa lista e quer continuar sofrendo com jogos não exatamente da melhor qualidade, recomendo também dois YouTubers muito legais:

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